domingo, 29 de maio de 2011

Correntes 2

Eu sei que isso não é uma crônica, mas, apesar de eu ter lido a minha crônica "Correntes" na Mostra Literária do colégio (e expressado toda a minha raiva sobre esse assunto civilizadamente), eu acabei de receber umas 20 cópias da mesma corrente!!!!! E todas de pessoas que por acaso estavam na dita Mostra!!!!!! Será que as pessoas desse mundo não entendem INDIRETAS??????? Eu sei que provavelmente nenhuma dessas pessoas deve ler o meu blog, mas por favor: EU ODEIO CORRENTES!!!!!!!! SE VOCÊ RECEBER UMA, NÃO ME MANDE!!!!! NÃO VAI ACONTECER NADA COM VOCÊ NEM COM NINGUÉM!!!!!! E, APESAR DO QUE DIZEM, É POSSÍVEL QUE SEU SONHO SE REALIZE MESMO SE VOCÊ NÃO MANDAR!!!!!!

p.s.: Se foi você a pessoa "inteligente" que inventou as correntes, eu queria te dizer para bater a cabeça na parede algumas vezes, como diria uma amiga minha, e ver se melhora.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Me Faz Lembrar. . .

          Quando eu era pequena (menor, na verdade) eu fazia uma brincadeira de falar coisas que me faziam lembrar de outras. Desde então, eu sempre achei isso muito estranho, como por exemplo, um caderno me faz lembrar papel.
          Papel me lembra árvore.
          Árvore me faz lembrar floresta, que por sua vez, me faz lembrar meu trabalho de campo do 3º ano.
          Trabalho de campo me lembra Santos, que me faz lembrar do meu tio, então me lembro do meu avô, que me lembra bagunça.
          Aí eu me lembro da festa de aniversário da minha amiga, que definitivamente não me lembra daquele caderno que comecei a crônica.
          Por que diabos então, de um caderno eu acabo numa festa, se um não me lembra o outro? Por que algumas pessoas, por essa corrente de lembranças, saem de uma abelha a uma doença, de um banheiro até seus amigos, e de tantas outras combinações que elas mesmas afirmam serem sem sentido para elas? Come chegas nesses resultados?
          Eu não sei. Talvez nunca chegue a saber. Talvez, em algum dia da minha vida povoada por dúvidas bestas como essa, alguma alma caridosa me responda.
          Quem sabe é você, quem sabe é alguém que já teve essa dúvida. Ou talvez ninguém.








          P.S.: Se você leu a crônica e sabe a resposta, por favor, coloque num comentário.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Amizades

          Eu já tive vários amigos. Alguns eu tenho até hoje, mais vários se perderam ao longo da minha vida, principalmente aqueles que eu conheci até uns 5 ou 6 anos. Eu sempre amei meus amigos e amigas, porque acho que a amizade é uma das coisas mais lindas do mundo. Confiança, lealdade, zoação, barulho, um ombro amigo para te consolar e, principalmente, alguém para te apoiar.
          Tinha uma amiga, aos cinco anos, que era minha melhor amiga de todo o mundo. Ela me apoiava em tudo, eu sempre ia na casa dela e ela vinha na minha. A gente brincava junta e ela, logo que começamos a escrever, ela me fazia cartas todo mês, eu eu pra ela.
          Mas então ela saiu da escola e nós perdemos o contato para sempre. Então eu fiquei amiga de uma menina que mais tarde, vim a saber que ela não ligava muito para mim, um dia falou para a professora que ninguém brincava com ela, mas eu não dizia nada, pois tinha medo de perdê-la. Foi nesse dia que eu aprendi o que era amizade falsa. Quando alguém te chama de amigo, mas, apesar disso, não vai te proteger quando está em perigo, ou até te entrega quando parece que ele vai se dar mal.
          Então, entrou uma menina que eu odiei desde o início, pois ela roubou meu melhor amigo. Ela era muito parecida comigo, tanto fisicamente, baixinha e com o cabelo nos ombros, como era meio mandona como eu. Ela nunca soube o por que, mas eu não falava com ela. Ela sempre me deixava com os piores papéis nas brincadeiras, e eu fazia o mesmo com ela, quando a gente brincava de Harry Potter, eu era a Hermione e ela minha irmã gêmea, a HermiDANONE.
          Chegou então um ano em que uma garota me disse que minhas amigas só ficavam comigo por interesse, para pegar a lição de casa (que eu nem passava, mas tudo bem). Eu acreditei. Foi a pior decisão, eu pensei, mas assim tive a oportunidade de conhecer a menina que eu vinha ignorando há anos.
          Nós, por incrível que pareça, nos tornamos super amigas, e foi aí que eu aprendi o que era amizade verdadeira. Nela eu posso confiar inteiramente e saber que nunca me denunciaria caso estivesse preocupada. E principalmente, que não deixaria de rir de mim se eu me desse mal, pois os amigos tem que ter senso de humor também.
          Bem, eu aprendi ao longo da minha vida, que há pessoas em que se pode confiar e que, se descobrir isso, você pode se entregar completamente para as pessoas.

sábado, 2 de abril de 2011

Mãe

          Ah mãe, só mais cinco minutinhos, por favor!!!!!!! Calma mãe, já tô indo. Já vou, já vou. Ai, você tá muito estressada hoje, mãe. Quem disse que eu vou botar a mesa hoje? Eu não tô com fome. Tá bom, tá bom, eu já vou, já tô indo.
          Mãe, eu não sou mais criancinha, já sei que eu tenho que lavar a mão antes do almoço. Você não disse que a gente ia na loja de brinquedo hoje??? Você prometeu mãe. Ah, então a gente não vai? Então vamos tomar sorvete? O papai disse que a gente ia hoje, mãe. Vamos, vai. Você prometeu que a gente ia esse fim de semana.
          Mamãe!!!!!!!!!!!!!!! Vamos logo, eu já tô pronto há uma hora, e você ainda diz que eu que demoro... Eu não gosto mais de você. Manhêêê!!! Eu quero um carrinho novo!!! Me compra um carrinho novo? É pra comemorar um mês antes do meu aniversário!!! Por favor, por favor, por favor!!!!
          Eu quero, mãe! Não, eu não vou tomar banho hoje. Não vou não, eu decidi e pronto. Ah, mãe, só mais essa fase, vai!!! Por favooooooooooor!!! Ah mamãe, você fica gritando desse jeito, até parece que eu tô escutando, tô no meio do jogo. Não mãe, eu não vou dormir agora, não tô com sono ainda. Vou ver TV.
          Não mãe, não vai dormir sem mim. Mãe, conta uma história pra mim antes de dormir? Por favor, eu sou um filhinho tão educado... Nunca peço nada pra você, sempre te obedeço e você não quer nem contar uma historinha pra mim?? Eba!!! Eu adoro essa história!!!! Mamãe, você é a melhor mãe do mundo. Eu te amo mamãe, boa noite.

Entre Carros

          Ele estava lá. Embaixo do Minhocão, um velho branquelo. O que me chamou a atenção foi sua camiseta berrante, chamativa, como um líquido tóxico, uma camisa do Palmeiras verde-limão. Olhei rapidamente e não percebi nada estranho, apenas sua barriga protuberante por baixo das vestes. Quando parei para olhar melhor, vi que estava sem calças, usando apenas uma cueca samba-canção, ou um short muito parecido com uma. Os pés, calçados num tênis do tipo Restart com cano alto.
          Mas, no momento seguinte, um calafrio percorreu meu corpo: percebi que o velho andava sobre a mureta que dividia as duas mãos da General Olímpio da Silveira. Naquele espaço mínimo, de no máximo 20cm, não havia como ele se apoiar direito.
          Andava numa velocidade constante, pé ante pé, bambeando como um bêbado. Os carros passavam rapidamente ao seu lado, nas duas mãos da avenida, eu parada, na calçada oposta, esperando ver o que acontecia.
          Eis que ele bambeou mais ainda, e quase caiu de seu pedestal, mas um ônibus parou na minha frente nesse instante.
          Quando ele passou, o homem já estava do outro lado da rua, na calçada oposta, andando feliz, como se nada tivesse acontecido.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Barata

          Eu morro de nojo de baratas. Desde criancinha eu tenho um nojo tão grande daquele bichinho oval com muitas patinhas, que me sinto mal de ver.
          No 5º ano, eu fui num acampamento com a escola. Lá, nós dormimos em barracas, eu e mais quatro amigas. Ficamos conversando até que o monitor, lá da barraca dele, mandou a gente ficar quieta e dormir. Dormimos bem, apesar de alguns socos, mas de manhã foi que veio a surpresa.
          Duas de minhas amigas foram ao banheiro logo que a gente acordou, e eu e a outra ficamos arrumando a barraca. Então, nós ouvimos um gritinho agudo, vindo do lado do banheiro. Eram minhas amigas, elas vieram correndo dizer que, num dos vasos havia uma barata nadando, como se lá fosse um spa. Fomos ver, mas a barata, pelo que parecia, já tinha desistido de se divertir ou, talvez, tivesse morrido. 
          Chamamos o monitor do acampamento, mas ele relutou um pouco para entrar, afinal, era o banheiro feminino. Quando convencemos ele de entrar, a barata, não sei como, conseguiu se por de ponta cabeça, mas ele logo deu a descarga. A barata, mesmo após 2 descargas, continuava lá, como se nos desafiasse a pegá-la e jogar no lixo.
          Chamamos então, nossa professora e, para nossa surpresa, com apenas uma descarga, foi embora. Ficamos pensando então, até hoje, como a barata foi parar lá e, como ela só foi embora quando nossa professora deu a descarga. Será que ela foi com sua cara ou apenas estava cansada de girar como um redemoinho na privada?